Há eventos que são esperados com ansiedade, outros, com muita ansiedade e depois há as Feiras Novas, em Ponte de Lima.
Literalmente, semanas de preparações, de confirmações, desmarcações, reservas, remarcações, conversações e preocupações (escusam de ir contar, são 6 "-ões"), para ter tudo organizado e pronto para esse dia:
Dia 15 de Setembro de 2006
Esperava-se que viesse a ser uma noite em jeito de aquecimento melhorado, já que apenas no dia seguinte estaria toda a gente presente. Tal não aconteceu e em vez de um "aquecimento melhorado" tivemos uma grandiosa "noite 1".
O arranque deu-se de vários pontos do país. De terras do Moliceiro (essa, a das noites loucas!) saimos cinco elementos (alguns de passagem, já vindos da Lusa Atenas): Powergirl-M, Cat, Agripino, Trolha e eu.
Algum atraso - culpa do Trolha - preocupou por causa da marcação do jantar, no entanto tudo se resolveu graças à Powergirl-Va, que chegou mais cedo e tratou de marcar a mesa - vinte e poucas almas tinham a sua refeição garantida. Onde? Obviamente, no sitío de sempre... o degradante e pior-que-o-ano-passado Estrela do Lima, mesmo por baixo da residencial de luxo.
Já com a trupe toda reunida iniciaram-se os festejos e o repasto. Resumidamente, para além dos já referidos, estavam ainda: Pacheco e Fau, zeca animal e sua trupe (L, IL e P), Powergirls C e B, Jó e sus muchachas e ainda três amigas assistentes sociais (também repetentes nestas lides).
Choviam cântaros de vinho verde na nossa mesa. Verde branco, verde tinto e se mais cores houvesse, suspeito que também lá iriam parar... Houve alguma cantoria a despique mas a oposição era fraca em número e em qualidade e rapidamente se remeteram à sua insignificância... o que foi uma pena, já que, por falta de estímulo, a cantoria depressa fez uma curva apertada (algo esperada) e foi parar ao clássico e repetitivo "E se o/a ________ quer ser cá da malta..."
Já foi perto da uma da matina que chegamos ao centro da vila, não sem antes passar pela
barraquinha da Cláudia com o intuito de repetir uma preformance de "Como o macaco gosta de banana eu gosto de ti" como o ano passado. A Cláudia não estava... só marmanjos, vai daí entram em acção as Powergirls para sacar uma Shakira, Shakira do sistema de som e dar uma boa rebolada (rebolada!).
Na vila, tudo parecia no sítio, a tasca das "putinhas" e das "fodinhas" (estou a falar de gastronomia!), as orquestras nos coretos a tocar Queen e que tais... No entanto não tardou muito até à primeira desilusão nos atingir com violência: "Opá! Não há musica na rua! O Presidente da Câmara proibiu!". E era mesmo verdade, música só dentro dos bares, a das orquestras e a do DJ marado no mercado do gado... Felizmente, a animação era grande e a moral não caiu. Passado algum tempo já ninguém se lembrava ou notava que não havia música.
Assim seguiu a noite, tranquila e agradável, não me lembro de nenhum ponto alto em particular mas o nível esteve sempre "lá em cima".
Dia 15 de Setembro de 2006 - Tarde O acordar foi calmo, apesar de haver quem achasse que era cedo demais *cofftrolhacoff*. Uns comiam um belo bife e outros davam-lhe no iogurte do Lidl quando recebo o telefonema do
Francisco: "Tou mesmo a chegar a Ponte de Lima. Onde é isso?". Várias outras chamadas e uma meia-hora depois lá chegou juntando-se ao resto do grupo, que já estava preparadíssimo para o ataque diurno à vila (a mais antiga de Portugal - tomem lá cultura). Com ele viajaram: usiomumy, Becas e C.
Lá nos lançámos à vila (a mais antiga de Portugal) e fomos direitos, de novo, à tasca das "putinhas" e das "fodinhas". Pestiscos, finos e uma "putinha" de vinho verde tinto para os mais corajosos ("...sabe a erva!"). Seguiu-se um breve passeio até à outra margem do rio, pela ponte velha. Os finos continuavam a cair com bom ritmo, consequência de uma tarde bem soalheira.
Ao voltar para o centro da vila (a mais antiga de Portugal) deparámo-nos com um problema: o cortejo já tinha começado e a travessia para a praça central parecia impossível, tal era a densidade de velhas em cadeirinhas à beira da estrada. Depois de mais um fino para reflectir sobre a melhor táctica para abordar a travessia, o
Francisco lá topou uma brecha, que prontamente aproveitámos. Fomos dar a um sítio sem saída e tivemos de voltar para a estrada e andar um pouco com o cortejo até, finalmente, completarmos a nossa missão.
Em breve acabou o cortejo e rumamos até "aos cavalos e o passo travado", por recomendação do Agripino e do Francisco. Um breve pit stop pelo caminho para um bagaço-mel e eis-nos chegados à arena (ali perto um tipo montado num camião vendia 5 guarda-chuvas, "não por 10, não por 9, não por 8, não por 7, não por 6... mas por 5 euros! Dá um euro por guarda-chuva minha senhora!"). Infelizmente a cena dos cavalos já tinha acabado e apenas apanhámos a entrega de prémios - onde aplaudimos efusivamente o segundo classificado (penso que numa lógica de chatear o vencedor) dos garranos!
Foi uma agradável surpresa, chegar ao nosso
resort e dar de caras com os recém-chegados
Humberto e Tocas. Rapidamente evoluimos para o modo vinho-verde-na-"esplanada", modo em que nos mantivemos até à hora de jantar. De referir ainda a ultima chegada ao resort: Petaculo e B.
Dia 15 de Setembro de 2006 - Noite Quando nos sentamos à mesa, começou oficialmente a "noite 2". Noutra mesa, mesmo ao lado, estava já um grupo que levava algum avanço em termos de entrosamento. Grupo esse que, descobrimos mais tarde, tinha estado no mesmo sítio o ano passado também conosco, tendo travado então um combate vocal épico, naturalmente ganho por nós. Este ano, infelizmente, a história foi outra.
Suspeito que houve durante este ano, treinos intensos por parte dessa malta (da Católica, que passamos aqui a chamar de católicos), únicamente com o propósito de vingarem a pesada derrota. Infelizmente conseguiram. Fomos derrotados... mas não sem dar luta. Grande destaque nesta luta, em posição de liderança, para o Petaculo e para B., este último como criativo. O trunfo, "Maria da Fonte", não saiu em condições (nota negativa para o Trolha que parou a meio), algo repetitivos no "gay gay catolica", pontos altos em "A Sheila é nossa, venham mais duas", no "Spiderman" (quando andei gloriosamente com os pés no tecto) e nas Capuchinhas das PowerGirls (com as suas hostes engrossadas pela Powergirl-Ve). Não foi mau... mas eles foram melhores.
O resto da noite, na vila (a mais antiga de Portugal), teve como grande destaque, pela negativa, a "queda" do
Francisco, que aterrou e bateu uma soneca numa cadeira de esplanada, encostado a uma parede... Certamente que este fenómeno se terá devido a condições adversas e fora do normal que serão explanadas, sem margem para dúvidas, na caixa de comentários.
Tinhamos entrevista marcada à 1h numa rádio local, para reclamar com o facto de não haver vaca das cordas e atirar de bilhas no cortejo e com a falta de música na rua... mas já ninguém se lembrou.
Também um sublinhado para a sempre agradável presença da asterisco (em ambas as noites), que, com inteira justiça, reclamava
o prémio que lhe era devido. Eu paguei 1/5 da minha parte, e tu?!
À medida que os ponteiros avançavam, o grupo ia ficando mais e mais reduzido. Os últimos a chegar ao resort foram Pétáculo e B., sendo os penúltimos o Pacheco, a Fau, o Julião e eu. Infelizmente, tão cedo não conseguirei apagar a imagem do Humberto a aparecer na porta do resort de cuecas para nos abrir a porta... mas pelo menos acordou ao primeiro telefonema. Outro (*coffusiodadycoff*) não pode dizer o mesmo... ainda por cima, outro que trancou a porta do quarto! Só depois de bater na porta com alguma violência é que tivemos entrada no quarto... No timing certo, visto que logo depois de entrarmos aparece o estalajadeiro de ceroulas... que assim apenas encontrou um desgraçado de outro quarto que estava na mesma situação.
Dia 16 de Setembro de 2006 - Partida
O cansaço era rei e o descanço estava longe.
Depois de uma curta passagem pelo resort das Powergirls (excelentes condições!) chegou a hora de atacar a estrada. Foi dura a viagem mas lá se chegou a bom porto... sofá, doce sofá.
Para o ano quem organiza? :P
Abraços