O Norte, o Sul e a Matriz

Pois é caríssimos, não escrevo sobre qualquer evento relacionado com a irmandade, mas sim sobre a alegria que se vive nas terras acima do douro por alturas dos Santos populares;
Ontem, dia 29 (São Pedro ) desloquei-me à Póvoa do Varzim a convite dos sogros, para participar de uma abastada sardinhada, telefonei ao meu sócio de romarias populares, o horácio, e lá fomos à descoberta de mais uma festa digna da generosidade das gentes do norte.
Passado o repasto, que diga-se decorreu num ambiente bastante familiar, era chegada a hora de romar ao centro da acção; uma terra que vive este Santo popular como poucas, chegando a rivalizar com o S.João do Porto. Um pequeno paseiopara ver as "rusgas " (desfiles dos bairros da Póvoa onde cada um mostra o que tem de melhor... gajas em trajes transparentotradicionais ) e logo ali ficou patente a rivalidade existente entre cada uma das rusgas mais antigas; o bairro do Norte, o bairro do Sul e a Matriz ( as rusgas tinham escolta policial... pois parece que esta malta é bairrista à séria ). Decidimos então visitar cada um dos bairros para nos embuirmos de todo este ambiente e lá vai a malta para o bairro do Norte, meus meninos e se havia mulheres, um dia destes dedico um pot à Mulher do Norte... era loucura, repedidas vezes se ouvia: "larguem-me aqui no meio que eu oriento-me..." Refeitos do baque inicial provocado por tanta saude e simpatia, temos um daquels encontros...lembram-se do Seara, o próprio. Feita a habitual festa qd se encontra um colega de curso rumamos, desta vez à marginal, e aqui é que foi... todos sabiamos que diante de tamanha festa um avanço para o meio do baile poderia significar uma chegada a casa com o dia a nascer e a inevitavél ressaca... não hesitámos, furando bravamente a multidão encostamo-nos à 1ª bica de cerveja e... o ambiente era brutal, ali presenciámos toda a predisposição e descontração da mulher do norte; ali o homem é a caça e não o caçador.
Mas estes gloriosos momentos de folia depressa seriam abafados pelo enorme sentido de responsabilidade que sobre nós se abatia... todos precisávamos de pelo menos 5 horas de sono e não haviamaneira da festa abrandar.
Caríssimos, para o ano lá estarei, de preferência com a vossa companhia... mas eu tiro férias.
O regresso a casa deu-se após as 2h30 da matina... senti-me muito responsável, e muito idiota por ter que trabalhar hoje.
Abraço

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