Festa da Lua Cheia - Penhas Douradas - Epítome

Depois de conversações com o amigo Mercilon para que fosse ele a escrever sobre este evento (o que me parecia lógico, visto ser a festa dele), esbarrei com argumentos sobre o fim do mês que implica não-sei-o-quê na farmácia. Sendo assim, decidi agarrar o touro pelos cornos e avançar para o relato.

Sexta-Feira

Fazendo um fast forward sobre o arranque de Coimbra, com os atrasos do costume, e sobre a viagem - chegamos a Gouveia (não vou fazer uma lista de nomes, eramos muitos). Mais precisamente, ao restaurante do hotel local. Como a hora já ia avançada (umas 22h?) compreendemos que os já presentes tivessem avançado para a comida. Entre pato e borrego ("Tens cabrito no bigode!"), bem regados com um bom vinho, saciamos a nossa fome e despedimo-nos de Gouveia.

Iniciou-se a viagem rumo às alturas, ao frio e à neve - às Penhas Douradas. Chegados à casa, com neve e gelo por todo o lado, começou a caça ao quarto. Ora, alguém que se tivesse deslocado àquelas paragens em modo single player não tinha como fugir a um belo quarto com muitas camas. Assim ficou definido o melhor quarto da casa: Julião, Brinca, Figueira e eu próprio.

Rapidamente se iniciaram os festejos (de coisa alguma) e em menos de pouco tempo já muita gente tinha emborcado varios shots de gosto e aspecto duvidoso (houve quem achasse ter um pedaço de dobrada dentro de um shot) e outras bebidas para tirar o gosto dos shots.
Deixo aqui alguns dos highlights do resto da noite:

- Gente a partir copos de shot (de plástico!) ao murro até sangrar das mãos ;
- CD-do-Brinca
- Pessoas a dançar em cima das mesas e (obviamente) a cair para cima de um monte de cadeiras ["Olha lá, viste quem empurrou a mesa??"];
- Muito bailar de parca qualidade;
- Gente a demonstrar como se efectua uma queda de cima de um carrinho de roupa suja em movimento, sem deixar cair a garrafa de cerveja;
- Indivíduos a dançar com cortinas;
- Gente a pendurar cortinas...

Poderia realçar muitos outros pontos altos da noite mas agora não me lembro (quanto mais para o fim, menos me lembro. Wonder why...).

Sábado

Nada como amanhecer com pessoas a gritar, mesmo ao lado, "Alvoraaaaada" ou "Quero um gurosan!!, apenas 4 horas depois de me ter deitado. Claro que a opção foi ficar na cama, entre dores de cabeça lancinantes, litros de coca-cola, "Ó Toni! Os rissóis?!", gente a expelir ventosidades com estrépito pelo ânus e muito mais pequenas coisas...dessas pequenas coisas que nos alegram a manhã...

Algumas horas depois dirigi-me com o amigo Brinca para a sala da televisão, almoçar e ver o extase, confortados pelo calor e fumo que emanavam da salamandra que acendemos com perícia. Panados de peru e leite...dizem-me que isto é uma refeição absurda...mas soube bem! Algum tempo depois começou a chegar a gente doidinha (quase todos) que tinha ido passear na tundra. Mais uns copos de coca-cola, um pouco de TOP+, um episódio de CSI (ridiculo...) e ala para a sesta!

O despertar deu-se já ao fim da tarde e foi quase coincidente com o Julião a irromper quarto a dentro... tinham-lhe assaltado o carro! Episódio lamentável e que os corpos redactor e editorial deste blog repudiam com veemência. Para nos confortar do choque tinhamos uma fantástica canja de galinha (que entrou tipo lanche) e para o jantar já tinha chegado um tachito de feijoada e outro de arroz. Foi também com o aproximar da hora de jantar que começaram a chegar os reforços...quase todos "da outra malta", excepção feita ao DJ Petáculo e sua partenaire!

Não foi facil, não foi nada facil voltar ao estado de espirito da noite anterior. Muitos nem tentaram, outros desistiam aos primeiros metros... O grupo dos sprinters já ia avançado e os maratonistas, na rectaguarda, iam, lamentávelmente, sofrendo desistências atrás de desistências. Destacou-se um pequeno grupo entre estes, que com um sacrificio sobrehumano tudo fez para manter a honra dos maratonistas - assim foi! E cortaram a meta em glória (já lá chego, à meta, mas talvez glória não seja a palavra apropriada)...

As horas seguintes pouco tiveram de diferente da noite anterior - salvaguardando a exibição em grande nível do DJ Petáculo e o CD-Parodia do Agripino - até ao momento em que poucos, muito poucos ainda resistiam. E o cansaço (?) começou a fazer-se notar: jogar basket com blocos de gelo e os cestos da roupa, ir para o exterior em mangas de camisa examinar a "prancha" do Humberto, atirar blocos de gelo uns aos outros [um pequeno aparte para referir que os resistentes eram o DJ, o Agripino e eu], mandar calar quem nos mandava calar dos quartos... entre muitas outras actividades enriquecedoras do género.

Chegado ao quarto não foi dificil de confirmar que o jantar tinha sido mesmo feijoada e que todos teriam jantado bem...

Domingo

Sem grande história... O regresso para o descanso antes de mais uma semana de trabalho!

Por último queria, deixar aqui uma palavra de apreço ao Mercilon pela boa organização do evento. Next year, same place? ;)

Abraços

Sem comentários: