Já lá vão três anos desde a entrada d'A Irmandade no mundo virtual. Para assinalar essa gloriosa data surgiu a ideia das
Jornadas, na mente iluminada do Francisco. Após algumas reuniões via messenger ficou decidido que o destino seria
Figueiró da Granja, localidade onde o Francisco tem uma bela casa de família.
A partida estava marcada para o próprio dia do aniversário, 6ª feira, 26 de Janeiro. Alguns telefonemas para acertar ponteiros depois, estava eu a chegar a Lorvão, onde me transferia para outro veículo, o do Julião. Ainda em Lorvão, fizemos um pequeno compasso de espera (aproveitando para carregar A mochila) para dar tempo ao Francisco, que estava um pouco atrasado.
O ponto de encontro com o Francisco foi a já mítica estação de serviço da barragem da Aguieira! A partir daí foi sempre a andar até Viseu, onde ficou a usiomamy e o LT (este último a exercitar os seus pulmões e sistema de som para uma futura carreira no mundo da música alternativa) e ainda onde pudemos ser inundados de mantimentos, aquecedores e recomendações. Deixo já aqui (antes que me esqueça), novamente, um enorme agradecimento a toda a familia usidady pelos preparativos e simpatia a que já nos habituaram. Paragem seguinte: Fornos de Algodres.
Depois de reunirmos com o mercilon nas redondezas, estava completo o quarteto para a noite. O local do jantar foi indicado pelo Julião, que demonstrou elevado conhecimento da zona, graças ás suas aventuras profissionais (e assim...) por terras beirãs. O repasto foi de elevada qualidade e ainda mais elevada qualidade de confraternização, bem acompanhada com cabrito, nacos à casa e vinho da mesma.
A paragem seguinte foi, finalmente, Figueiró. Lá, descarregamos todas as bagagens, acondicionamos a lareira e ligamos os aquecedores. Foi também tempo de ir preparando o dia seguinte, com um rápido check às bebidas, que incluiu algumas provas.
Depois de tudo preparado, e com a decisão de rumar à cidade da Guarda tomada, dirigimo-nos, ainda em Figueiró, ao café/restaurante "O Retiro do Pinóia" para tomar um café e duas "mines". No interior estavam uns 5 ou 6 locais, que assavam chouriço na lareira enquanto viam wrestling na tv por cabo - o contraste deixou-nos de sobrolho levantado mas não tanto como o quadro do unicórnio cor-de-rosa por cima da lareira.
Como já disse antes, o destino final foi a Guarda. A viagem até lá foi rápida e animada, contando com prestações vocais de alto gabarito (que foram gravadas mas às quais aconteceu uma desgraça - lá chegarei). Guarda a -5ºC, practicamente não há vivalma na rua. Podia entrar no pormenor de cada um dos 5 ou 6 bares por onde passamos mas acho que basta referir que nos devemos ter cruzado com um total de 50 pessoas para ficarem com uma ideia do ambiente vibrante. Num dos bares teve de ser dada mais uma lição de dardos e num outro, no último, gravaram-se para cima de uma dezena dos tais clips musicais! A inveja pelas nossas vozes melódicas e doces (ou mesmo o medo de que estas pudessem enfeitiçar suas donzelas) levou a que fossemos fulminados diversas vezes com olhares frios e ameaçadores. Mas, como quaisquer artistas que se prezem, estavamos dispostos até a por em risco a nossa integridade física... tudo pela arte. Felizmente nada se concretizou e pudemos regressar a casa sem altercações e continuando a alegrar o gravador do meu telemóvel com melodias várias.
Ainda uma rápida referência para a chegada a casa, a Figueiró, pelas 7h40, conforme se pode confirmar num vídeo deplorável feito pelo Francisco, à volta da lareira.
O acordar na manhã de sábado foi pacífico e sem grandes perturbações fisiológicas. Depois de, em frente à lareira, reflectir sobre a noite anterior e gizar o plano para o dia tomo-se o pequeno-almoço/almoço/lanche constituido maioritariamente por hidratos de carbono e leite achocolatado da Agros. O resto da tarde foi ocupado com compras de mantimentos para a noite e umas voltas por terras beirãs, à procura de cafés com o nome "Café Central" (procura infrutífera, muito por falta de empenho).
De volta a Figueiró e a casa, pelo fim da tarde, não tardaram a começar a chegar convivas e pouco tempo depois já estava completa a lista de presenças com a cheegada dos elementos em falta: Pacheco e Pacheca, usiomumy, Pardal e Pardaleca, Agripino e Cat e Humberto e Tocas (sem nenhuma ordem especial). Prepararam-se as brasas da lareira e começou-se o jantar que, muito graças à velocidade de 4 tiras de entremeada de cada vez, se estendeu por algumas horas. Horas que não foram desperdiçadas, como já é habitual, havendo lugar a muito, bom e são convívio... com muitas histórias, fotos (muitas de linguas), gargalhadas e vinho, tinto ou branco.
No fim, como não podia deixar de ser, cantou-se os parabéns ao blog, com vela da Minnie e aquelas coisas que fazem "faiscazinhas" e tudo... Não havia era bolo e portanto teve de se improvisar, como se pode ver na foto seguinte.
No fim de jantar, mais um salto até ao "Retiro do Pinóia" para cafézada e mais umas "mines", tendo aproveitado alguns para matar saudades daquela máquina electronica podre de flipers e outros para conversar (sobretudo sobre dentes). O regresso à casa para a continuação das festividades foi marcado pelo abandono do Francisco e do Agripino para "irem ali a casa de um amigo buscar jeropiga". Em abono da verdade, diga-se que não foi um abandono sorrateiro e convidaram os demais, no entanto, esta missão teve complicações de ordem técnica e táctica pelo que voltaram apenas algumas horas depois... ambos com um sorriso estampado em suas bebadas caras. Mas trouxeram a jeropiga! E vinho do Porto! (eu nao gosto de vinho do Porto, não sei se já vos tinha dito...)
E assim continuou o resto da noite: ambiente fraterno aquecido a radiadores a gás e liquidos vários. Sono algo perturbado, entre ressonares, vozes da lareira e indisposições... mas nada que não seja habitual.
Sobre o Domingo, nada a salientar. Acordar sereno e arrancar rumo a Lorvão, para onde tinha sido convidado para almoçar. Almoço esse que estava excelente e no qual, infelizmente, não participaram muito activamente dois jovens que quase se limitaram a sentar e comer, com ar algo apático.
Última paralvra para a organização - Francisco: impecável.