Lição nº 1

Sobre o Portugal - Angola

No Domingo assistiu-se a três estreias num jogo - um 3 em 1, portanto. A selecção Angolana estreou-se num mundial e Portugal estreou-se no mundial - e o árbitro paraguaio também se estreou num mundial.
Eu encontrava-me a estudar à hora do começo do jogo, mas bastaram 4 minutos para me ir sentar à frente da televisão com as bolachas e manteiga. O golo surgiu aos 4 minutos e os meus carinhosos vizinhos do prédio do lado fizeram o enorme favor de me avisar disso. Mas passados 20 minutos de jogo, estava um pouco desiludido. A selecção Angolana é uma selecção que se nota que está ainda muito "verde", precisa de mais jogos e embelezar o tipo de jogo - as constantes faltas, entradas duras nos adversários, apenas são minimizadas com uma atitude humilde de quem sabe que está ali pela primeira vez e que não tem a "classe" que têm as outras equipas. Ainda assim, o seu seleccionador - Oliveira Gonçalves - tinha preparado muito bem a sua equipa e sobretudo pareceu-me ter a atitude e o espírito de quem está num Mundial para "aprender", fazendo o seu melhor.
Quanto à nossa selecção, suporto o que disse o Figo, se se esperava que eles marcassem 4 ou 5 golos então estávamos iludidos, até porque deu para ver que a selecção Angolana deu bastante luta, mas ainda assim vi algumas coisas que, da minha análise de leigo-da-bola, são faltas que se têm vindo a acentuar, referidas pelos próprios comentadores. A saber:

• - o resultado foi melhor do que o jogo; a exibição de Portugal - relembro que não vi os primeiros 5 minutos de jogo - terá sido melhor logo no início, quando marcaram o golo, do que no resto do jogo.
  
• - a equipa parece uma cambada de velhos; pondo alguma responsabilidade no calor que se podia sentir, mas ainda assim, o Figo, que é o velhote ali, corria mais que putos como o Ronaldo. Não se percebe, se não se conhecer esta nação, como é que uma equipa com tantos e tão bons internacionais, não tem a agilidade de correr para as bolas, estruturar um ataque/contra-ataque apoiando os ponta-de-lança. Foram várias as situações em que houve ataque, para ser interrompido por alguém lá à frente que recebe a bola mas ou tem de esperar pelos outros que ainda não chegaram ou simplesmente teve de parar, visto que a defesa Angolana caía em cima aos 2 e 3.
  
• - má atitude; vou mencionar o Cristiano Ronaldo uma vez mais, mas também o Petit e o Costinha. Este último entrou, passaram-se 5 minutos e fez uma entrada violenta num dos adversários. Por mais cacetada que estes dessem, não é assim que se joga. A porrada fica para outras situações. O Ronaldo tenta fazer as coisas bonitas, quando se pretende simples e eficaz. Não é preciso mais do que isso para o jogo ser bonito. E o Petit, como o árbitro bem viu, tem de se deixar de teatro. Aquela queda com ar de sofrimento quando apenas tinha perdido a bola ficou-me gravada como uma grande farsa!
  

Também quero deixar uma nota aos portugueses que estão in loco a apoiar: berrem mais pela malta, já que isso dá alento. Mesmo quando eles falham. De certo que os assobios fizeram a equipa sentir que estava a fazer um jogo que não agrada, mas ainda assim não se portaram assim tão mal...

Sobre o tempo quente que se instalou

Uma ideia que me surgiu aliava desporto à beira-mar, daquele simples, com bola - futebol ou beachvolley - a uma noite de convívio local. Uma boa extensão de areal consegue-se encontrar ali para os lados da Figueira-Gala, e à hora de repasto ou à noite também se encontra o entertenimento local da Figueira.
Uma evolução mais arrojada desta ideia implica um deslocamento a Aveiro para acompanhar o Presidente numa saída nocturna..