Fado
"O FADO" - José Vital Branco Malhoa
Museu da Cidade de Lisboa
Museu da Cidade de Lisboa
Não gosto de fado. De nenhuma espécie.
No entanto chateia-me menos o que me entra pelos ouvidos que o outro.
Prefiro a Amália ao "Olha, deixa lá, é porque (não) estava destinado!".
Esse outro, o fado também conhecido como destino, irrita-me sobretudo se existir de facto. Irrita-me também porque me baralha o pensamento.
"Eu faço as minhas escolhas, traço o meu destino." - É muito bonito... mas se calhar estava destinado ser assim.
Resumindo, não me atrevo a dizer "there's no such thing" mas gostava.
10 comentários:
Sabes que o fado é um estado de alma, ou seja, não é coisa para ser ouvida de animo leve. Ao mesmo tempo está carregadinho do verdadeiro espírito português, mais vulgarmente conhecido como espírito do desgraçadinho a quem o destino se farta de pregar partidas.
Se o destino está ou não traçado,
não sei, mas sei que nós temos que fazer uma forcinha para que sejamos nós a pregar-lhe partidas e não o contrário.
Pois eu gosto do Fado, daquele de tertúlia, do Fado de Coimbra... que acabou por ser o meu fado.
Deixo as palavras sóbrias que fadistas ébrios proferiam cheios de saudade, pelo fado que os Fados retratavam,
"Morte ao fado, partam-se as guitarras, enrouqueçam-se os cantores...
Se o fado é português, eu quero ser espanhol!"... hic
m,
Se lhe conseguirmos pregar partidas não me parece um destino muito competente ;)
Quanto ao cantado, acredito nisso tudo (a sério) mas são muito poucas as músicas que me "agarram" o ouvido. Vou tentar quando me sinta mais desgraçadinho! :)
usiodady,
eheh... Isso faz-me lembrar algumas noites! :D
Abraços
Presidente...
Deixa lá isso são fases da vida, da-lhe tempo que passa :):)
"Ai destino Aaaiiiii destino
Ai destino que deus me deeeeeu"
Dino Meira, creio eu!
Querido Otero, estamos mto profundos hoje. Isso do destino dá pano para mangas.
Mas acredito que há coisas que aparecem na nossa vida, pq têm mesmo de aparecer. Como paixões q nos deixam loucos, que mexem c a carne de uma forma q n sabiamos possivel, amores impossiveis q damos tudo por tudo p esquecer (ou n!), amigos com quem sentimos uma afinidade incrível, etc. Até mesmo quando vamos todos contentes no nosso carrito, e levamos com outro em cima e... morremos.
Depois existem as escolhas. Se calhar isso deixa-nos moldar a vida. Mas sou como tu; começo a pensar porque tenho direito à escolha, e se a escolha não me estava destinada...
Obrigadinha por este post, mais uma vez lá me deixaste a pensar no assunto. No fim de semana, vou beber a ti! ;)
Somos caranguejo, está explicado! lol
Cara Tixa,
De nadinha...
Começando pela blasfémia:
Dino Meira?! Tony Carreira!
"Ai destino ai destino
Ai destino que é o meu
Ai destino ai destino
Destino que Deus me deu"
É um facto que se costuma falar muito do destino nas relações entre as pessoas. Acho que deve ser exactamente por haver pouco de escolha ou de razão...tem de haver uma razão...foi o destino! :P
Já no que toca aos crustáceos, peixes ou seus recipientes e quejandos, gosto ainda menos e nem lhes dou o mínimo beneficio da duvida. Mas tem sempre piada ler :)
Trolha,
Mas que fases?! :P
Otero, tem piada ler, lá isso tem. Principalmente qd ficamos a saber que somos capazes de nos ARRISCAR nas margens de uma lagoa, e que as AXILAS fazem parte dos nossos pontos eróticos (MEDOOOO).
E segundo os signos, somos típicos a pensar nestas coisas. Que infelizes que somos em nos ocuparmos, com o que n é p nos ocuparmos! ;)
*auto-inflige-se pela blasfémia* Profundo conhecedor de música de emigrante, sim sinhor!!!
Pois eu acho que isso do Fado não musical é no fundo... uma grande TRETA!!!
penso que se trata de uma forma que as pessoas encontraram para apaziguar a sua mente quando alguma coisa não corre como o esperado, é mais facil assim cruzarmos os braços e pensar que estava pré-destinado e de facto para quem acredita deve ser um grande.
Alguem me sabe explicar qual seria a piada disto tudo se já estivesse planeado de alguma forma?!
Até posso aceitar que existe a (remota) hipotese de que de facto o destino exista, mas prefiro acreditar que n é assim... n é tão reconfortante nem tão cómodo mas tem muito mais piada!
Abraços fadistas
Yo!!
Maktub!
Pois eu acho que acreditar no destino tem algumas vantagens, nomeadamente a de não podermos ser nós a escolher o nosso trajecto na vida mas sim o contrário e logo aí mais vale aceitarmos os reveses da nossa vida.
Eu pessoalmente não acredito no destino e prefiro pensar como o Agripino. Até porque há cruzamentos na estrada da nossa vida, importantes, em que podemos virar, ou somos obrigados a escolher uma de várias direcções. Qualquer um de nós já passou por isso. E essas decisões são nossas e não do destino.
No entanto, acredito em Deus e de certa forma isso ajuda-me nas alturas difíceis, uma vez que é a vontade d'Ele. :)
Abraços
PS: Já leram 'O Alquimista'? Então toca a ler e vão ver que se aplica a muita coisa da nossa vida!
Eu curti muito o livro!
Abraços
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