Ante-véspera de Natal strikes back

Ou, como também é conhecido, os anos do Francisco!

Tradicionalmente estas festividades tinham lugar em Viseu mas a vida dá as voltas que dá e o Homem adapta-se ás circunstâncias. Sendo assim a celebração foi transferida para os arredores da capital.

Infelizmente esta mudança implicava um desvio da rota natalícia maior que o habitual para a maioria, o que impossibilitou muitas presenças, outrora assíduas. O Trolha diria "Só faz falta quem cá está!" - Esta frase é parva, porque se "está" não pode "fazer falta" mas isso é todo um outro assunto.

Daqui do burgo marcaram presença o usiodady (espanto!), o Julião e a minha pessoa que partimos de Coimbra e ainda o Big Milk e o Pardal, que se encontravam já pela mouraria. Sem ser do burgo estavam a amiga Pardaleca e os seguintes elementos da familia usiodady: mulher, filho, cunhado, sogro e sogra.

O plano era o seguinte: jantar na residência usiodady (Alcabideche) seguido de noite em Lisboa, ficando a dormida para os estrangeiros (Julião e eu) garantida também em Lisboa, em casa do Big Milk (onde iriamos parar os carros para passar a andar de taxi durante a noite). Como vão poder constatar, a percentagem cumprida do plano foi mínima.

Lá chegamos, ao fim da tarde, ainda perfeitamente a tempo de um petiscozinho e um refresco. Muito convívio com o LT (Little Tony, filho varão do aniversariante) que tanto gosta dos tios de Coimbra, mantendo-o entertido muito tempo sem grandes choros, para gáudio dos progenitores. Champanhezito aqui, vinhito ali, folhadito e ovito de codorniz acolá e o tempo foi passando. Quando chegou o último conviva (cunhado Becas) deu-se inicio á degustação do leitão (com minúscula, portanto não era o Big Milk). Tudo correu normal e agradavelmente e até falámos de política (presidênciais à cabeça).

Ponto seguinte do plano: partida para Lisboa!

Indo directo ao ponto fulcral desta fase - consegui ainda andar uns 300m desde casa do Francisco até espetar o carro contra outro. As testemunhas podem confirmar que o local era de visibilidade bastante reduzida que, combinada com a minha ansiedade para não ficar para trás no cruzamento, resultou numa entrada mais audaz e consequente espatifar de duas viaturas. Não foi agradável e, como podem imaginar, a noite parecia completamente arruinada. Mas não... ainda tinha pulso, embora fraco. Enquanto esperávamos o reboque, o aniversariante achou por bem ir num instantinho a casa buscar "alegrantes" (moscatel e duas quintas) que foram reforçados pelo amigo nativo, Hugo, que apareceu nesta altura, também munido de moscatel. Depois de tudo tratado com o reboque (que passou no teste feito pelo Francisco - oferecer-lhe um golito vinho, prontamente recusado) era preciso reformular o plano.

Abandonamos a ideia de ir a Lisboa e o plano passou a abranger apenas ali a área de Cascais. O próximo destino tornou-se por demais óbvio: Caso Bicudo (já bem conhecido de tantos nós). O resto do plano era ir depois a uma dicoteca qualquer da zona (que acabou por ser o Coconuts), ficando a dormida (Julião, Big Milk e eu) assegurada em casa dos sogros do usiodady.

Assim que chegamos ao Caso Bicudo fomos imformados que havia musica ao vivo no 1º andar. Foi para lá que nos deslocámos de imediato e ainda deu tempo de ouvir duas ou três musicas. Mas o melhor veio a seguir: Pardal, Trolha e Big Milk dirigem-se ao microfone - terror - e pedem á banda licença para cantar uma musiquita. Saiu um Maria da Fonte para espanto de todos os presentes e... bem, podia ter saído pior. Teve piada. Mais uns finos de ocasião no andar de cima, com muitos telefonemas de bom Natal e que tais à mistura e decidimos mudar de piso. Quando chegámos ao rés-do-chão bicudo deparamo-nos com o Ricardo Carriço ao balcão a conversar alegremente com duas moçoilas. Se há coisa de que não gostamos é de figuras públicas alegres e algo tinha de ser feito.

E foi: "Ó Toni, olha ali o Carriço ao balcão!" - a reacção quase imediata (após reconhecimento visual sob a forte ventania que se fazia sentir dentro do estabelecimento) foi o "ir lá dar aquele abraço". Lá ficou, entre abraços, sorrisos e insinuações de que ele tinha amigas feias. Coube ao amigo Big Milk a tarefa de o ir lá buscar quando chegou a hora da partida.

Partida para onde? - Coconuts! (já tinha dito antes mas não estava a ver uma outra hipotese tão boa de escrever desta maneira imbecil)

Não há boas memórias desta passagem pela mitica disco-night. Encurtando a história um pouco, paguei 15€ para ir lá dentro reunir a malta que já tinha entrado porque tinhamos de ir embora derivado do facto de certa pessoa (*cough*Trolha*cough*) estar no carro do amigo Hugo (que queria ir embora) a expelir conteúdos estomacais pela janela.

Chegados a casa dos sogros fomos distribuidos por sobriedade, ou seja, Big Milk e Trolha na casa da piscina e eu na casa principal.

No dia seguinte foi com bastante embaraço que desci as escadas ao encontro dos donos da casa. Mas afinal já sabiam que a principal razão para ali termos ficado era o acidente e não o demasiado alcool que de facto tinhamos bebido. Obrigado Carol por teres transmitido a informação à tua mãe. Obrigado também, extensivel à Maria da Charneca, pela boleia até à gare do Oriente (já não havia carro...) para o nosso regresso de consciência pesada.

E assim começou o Natal!

Abraços