A Matança da Porca

Pois é, como muitos devem já saber, realizou-se no passado Sábado uma actividade que começa a ganhar contornos de tradição, falo, obviamente, da matança do porco em Lorvão, terra do nosso mui apreciado amigo Julião. Este ano com uma pequena alteração em relação ao ano anterior: o porco era uma porca.

Os primeiros a chegar ao local, por volta das 9h15m, foram o Pacheco e eu mesmo. Tínhamos decidido chegar mais cedo este ano para ver a matança propriamente dita. Para tal saímos mais cedo do que no ano anterior...e chegamos precisamente na mesma altura: no chamuscanço. Para afogar a mágoa de não ver o bicho a guinchar de sofrimento atroz atirámo-nos ao cervejão sem dó nem piedade.

Aproximando-se a hora do repasto e ao longo do resto do dia, já sem passarota ou ilhó para provar (não me parece difícil perceber o que era designado por estes nomes pelos matadores) foi chegando o resto da delegação. Não vou nomear todos porque se me esqueço de alguém é um problema... (depois podem ver nas fotos). De referir ainda que, não era ainda chegada a hora de começar a comer e já alguns membros tinham as faces mais rosaditas (ler "runzaditach") mas ao que parece era causado pelo intenso sol lorvanense!

O dia em si não tem muito de história para quem não lá esteve. Alegre e saudável convívio, sempre acompanhado por vários quilos de carne, litros de cervejão e a estrela do dia - a aguardente com mel! Muita cantoria á beira da fogueira, acompanhados á guitarra pelo Pacheco, caça ao Julião mato a dentro, cenas estranhas de ginástica de mulheres feitas por homens (o que causava um misto de riso e terror entre os espectadores) entre outras actividades lúdicas igualmente conciliadoras.

Chegou a hora do jantar. Mais uma ou outra febra e uns miúdos (da porca) com batata cozida que eram daqui (estou a agarrar o lóbulo da minha orelha). Mais uma última aguardentezinha com mel á volta da fogueira. Depois de conseguirmos que o avô do Julião e os seus amigos não ficassem lá com o gerador que o amigo Brinca levou [enquanto ouvíamos o referido avô a contar histórias do neto e de como ele "tinha uma boca de ouro para o trompete"] lá rumamos todos a Coimbra, com o bucho cheio e a sensação de um dia bem passado.

Queria também aproveitar para agradecer, obviamente, ao Julião e aos seus progenitores, bem como todos os outros familiares/amigos que se fartaram de trabalhar enquanto outros comiam, bebiam e continuavam inúteis!

Podem ver uma das reportagens fotográficas neste álbum que o Agripino generosamente disponibilizou online.

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