"Eu, Marta..."

Não, não vou fazer qualquer operação de mudança de sexo, ou falar de algum livro de alguma alternadeira. Vou, isso sim, falar do grande evento de final de verão desta época: o casamento do Pardal!

A véspera

Tudo começou, como já disse o Francisco no post anterior, na noite da véspera do grande dia, ou seja, sexta-feira, dia 14. Eu e Aquele-Que-Não-Pode-Ser-Nomeado-Porque-É-Muito-Sensível-Ao-Seu-Nome [AQNPSNPEMSASN] - acabadinho de chegar de terras africanas nesse mesmo dia - saímos de Coimbra pouco depois do jantar apontados ao eixo Oeiras-Alcabideche, onde já estavam, em moderados festejos, o noivo, o Humberto e a Tocas. A viagem correu muito bem e cheia de histórias do AQNPSNPEMSASN, sobre África e a sua estadia até ao momento (histórias que não vou partilhar dado que ele ainda pode ter erupções cutâneas de gravidade extrema por se falar dele).

Chegados a Alcabideche, apanhamos o Francisco e fomos ter com os restantes a Oeiras, onde já se tomava cafézada com direito a música ao vivo. O noivo estava bem disposto mas infelizmente mostrou-se irredutível na sua intenção de bater em retirada pouco tempo depois... Acho que fez bem mas acho mal! Depois de mais um pouco de convívio no mesmo local, decidiu-se rumar a Lisboa e assim, depois de nos despedirmos da Tocas, que foi a desistência número 2, rumámos à Rua da Bica onde, mais uma vez, encontramos um "ambiente descontraído e muita animação". Nesta altura juntou-se ao grupo o elemento que o completaria, o BigMilk. Infelizmente chegámos já algo tarde e rapidamente se começaram a fechar os bares, movimento a que respondemos com rápidas rodadas de finos.

O ponto de passagem seguinte, e último, foi o Lux. Não conhecia e não desgostei. Espaços amplos e bom ambiente... De ressalvar o assédio de que foi vítima o BigMilk, por parte de duas jovens bastante soltas, ao qual resistiu estoicamente! Chegado o fim da noite, cada um rumou ao seu ninho, sendo o meu e o do AQNPSNPEMSASN, mais uma vez, a casa da piscina dos sogros do Francisco. (Faço ainda aqui um parêntesis para pedir novamente desculpa ao noivo pelo telefonema ás 6 da manhã, que lhe transtornou o sono todo! Era só para mandar um beijinho...)

O grande dia

Frescos que nem uma alface cheia de orvalhada, recebemos o Francisco, a Carol e o LT ainda a tempo de tomar um pequeno almoço ligeiro e ir até ao café ver a primeira parte do rugby (All Blacks - Portugal) com o Becas, ainda na Charneca. Depois fomos até Alcabideche, onde se almoçou uma bonita picanha e onde se procedeu à cerimónia do vestir-a-roupa-bonita. Por esta altura houve algum zumzum, devido ao facto de o Francisco ter uma gravata igual à minha e não querer trocar por outra. Obviamente cabia-lhe a ele trocar de gravata, visto que estava em casa e tinha lá outras... mas não trocou e fomos de gravata igual!

Estava combinado encontrarmo-nos em casa do noivo ás 15h, visto que era suposto estarem lá os padrinhos a essa hora e nós tinhamos um padrinho (AQNPSNPEMSASN). No entanto a nossa comitiva atrasou-se um pouco e chegados lá, por volta das 15h20, o noivo já tinha saído para a igreja e partimos em perseguição, mantendo contacto com o BigMilk, que estava com o noivo, que nos informou do estado de nervos alterado em que ele se encontrava.

Chegado ao adro da igreja, não achei que o estado de nervos fosse tão grave como cheguei a temer... mas havia nervos! Obviamente, não me safei do castigo corporal por causa do meu telefonema de madrugada (inteiramente merecido). Por ali se esteve, enquanto iam chegando mais convidados, gozando com gravatas iguais e convidados em manga de camisa (*cof*agripino quetrouxecasacoquenãocondiziacomascalças*cof*), enquanto o Pardal saltitava de um lado para o outro a ver se tudo estava nos conformes.

Com o aproximar da hora, todos se dirigiram para o interior da igreja, onde se manteve o mesmo convívio que se vivia no exterior... até o padre interromper, ao microfone, com algo como "Isto não é um café...". Fez-se silêncio (bem...menos barulho) e poucos minutos depois tocava o Canon in D do Pachelbel (o original...e não este) que marcava a entrada da noiva, très jolie e sorridente. Seguiu-se a cerimónia, sem percalços de maior e de onde se salienta a frase que dá o título deste post, "Eu, Marta...", proferida pelo noivo!

Depois de alguns enganos pelo líder da caravana destinada ao sitio do copo de água, que até serviram para animar a malta, lá chegamos ao destino. O gin tónico estava "au point" e o tipo a tocar saxofone no átrio foi um toque engraçado. As expectativas levantadas durante a viagem também não foram defraudadas: havia croquetes!

O copo de água também correu muito bem e em bom ambiente. Estava tudo óptimo (o peixe... oh, o peixe!) e bem servido (um bem haja à D. Maria, que nos trouxe umas garrafas à socapa!). Seguiu-se o bolo de noiva no átrio, acompanhado de champanhe (finalmente vi abrir uma garrafa de champanhe com um sabre), que antecedeu "a farra", também no átrio.

DJ e bar bem posicionados, em ponto elevado (um para ter boa visão sobre "a pista" e outro para servir de profiláctico - se não consegues subir as escadas é melhor que não bebas mais, mesmo) acompanharam o restante da noite, bastante animada e plena de convívio (ler "plena de convívio" em voz suave e lenta...talvez com panpipes a tocar Mike Oldfield por trás). É ainda digno de apontamento o tradicional "Hino de Civil", cantado no salão de jantar durante a ceia (com algumas palavras a serem abafadas com AAAAAAHHHH)! :)

O fim da noite chegou com naturalidade (o mesmo não se pode dizer da noite... onde fui acordado algumas vezes por barulhos que pareciam um tractor...ou trovões...) e o dia seguinte passou como os normais "dias seguintes": com óculos escuros e mcdonalds para o almoço. A viagem de regresso a Coimbra correu sem acontecimentos de relevo, marcando o fim de mais um nó no seio da Irmandade, o que veio empatar: 3-3.

Resta-me mandar daqui um grande abraço aos recém-casados! E um bom regresso a casa (chegam amanhã)...

Abraços

PS: Ao padrinho que não estava mas "Estava": Grande abraço na entrada da segunda batalha ;)

PPS: Logo no dia seguinte o AQNPSNPEMSASN rumou de volta a terras longínquas. Espero que até ao regresso pareça um tirinho. Por ti e por nós, que nos fazes falta... apesar de seres anormal. Abraço

"Acho que o país está doido"



Grande Santana!!

Fazer o ninho ao Pardal

Desde já adianto que certamente não serei eu o mais indicado para relatar esta bela noite de copos... mas dada a letargia de tantos e para deleite do nosso Pacheco, cá vai!



O Pardal, como a maioria saberá é um gajo estranho... não queria uma despedida de solteiro, mas se o encontro de amigos tivesse outro nome... já podia ser! Eu, no meu entender, festa uma semana antes do casório, com copos e artistas de palco... lá chegaremos, mas eu vou-lhe chamar uma bela noite de copos com amigos.



A organização ficou a meu cargo, com ajuda preciosa da malta, Humberto e Big Milk, pena foi o atraso inicial que impediu a realização da 1ª actividade... beber finos a ver o pôr do sol... mas ultrapassada esta pequena falha avançamos para uma enoteca; hora 20h00, presentes: eu, o Noivo, o marido da irmã da noiva (deu um toque bem familiar à festa... daqui em diante será referido como M.I.N.), Humberto, Agripino, Mercilon, Big Milk e o já saudoso Dani de Pombal. Vai de espumoso, tapas, espumoso, queijinhos, branco, mexilhão, e para terminar mais um branquinho; aquecimento feito, arranque para o restaurante e vai de repasto. Pelo meio a selecção a tentar deprimir a malta, mas antes que os ânimos arrefecessem e findo o petisco, vai de minis na sociedade recreativa de carnide... mai nada, de volta às origens... tasco de bela apresentação e malta com vontade de pagar rodadas.

A tempo, toma-se a mais sensata decisão da noite, abandonar veículos em casa do Big Milk e chamar táxis. Rumamos à rua da Bica, nunca desilude, ambiente descontraído e muita animação... abrem-se as hostilidades e tal, pagas tu, pago eu e ... sei que gostei muito... Entretanto, quando julgava ter já perdido uma mão cheia de compinchas... ia jurar que tinha ficado fechado dentro de um dos bares, que dado o adiantado da hora tinha fechado portas a quem quisesse entrar... eis que se reune a matilha a reivindicar um espetáculo de palco! Realmente não era uma noite de copos completa sem actividade cultural... lá fomos e lá encontrámos um sítio simpático, bom atendimento, belos sofás (que o diga o Big Milk que aproveitou para uma sesta retemperante) e belas artistas de palco.

Findo o espetáculo, tinhamos um destino e ainda muita vontade de não dar por terminada a noite. Cuorum no desino, o Kubik, discoteca ao ar livre que passou por lisboa durante a verão. Eram umas cinco e meia da matina quando lá chegámos, ali para os lados de Sta Apolónia, e realmente o Kubik rula!!! ehehehe grande som, uma pequena multidão e... sei que gostei muito e que quando de lá arrastei o que sobrava de mim ainda havia malta a falar em beber mais uma mescalina(!) e depois tomar o pequeno almoço... ora, como eu sou um gajo que conhece os seus limites... até porque já algumas, poucas, vezes os atingi... disse para comigo... oh meu grandessíssimo bêbado, tu tens mulher e um filho e já se vê gente acordada!!! E lá decidi que era a hora de voltar pra casa. O noivo tb deve ter falado com os seus botões, pois acho que veio comigo.

Foi realmente uma bela noite de copos com os amigos! Ainda antes do casamento tivemos mais uma desp... festa, mas como o noivo não veio... não vou contar, mas também foi bastante agradável e o Presidente até decidiu aparecer (talvez lhe tenha pesado na consciência a ausência desta memorável noite!) .
O Humberto consegui ainda uma das mais carismáticas fotos do noivo, mas não se encontra disponível para publicação.

P.S. agora reparo que dei uma sigla ao Luca (Marido da Irmã da Nnoiva) para facilitar futuras escritas... e não o voltei a mencionar... detalhes. Mas uma bela estreia do MIN com a irmandade... muita raça!

Venham mais destas, certamente virão... e com A Irmandade em peso, uns de volta de África outros de volta da guerra.

Grande Abraço Sócio... (que acabo de comprar uma máquina de fazer sumos azul e era a ver se lá querias experimentar uns azulejos com mostarda mexica, ouvi dizer que são óptimos com chiolas frescas!!!) altamente!

Casório!

[escrito em 12/07/2007]

Lá tivemos mais um evento de elevada categoria.

Peço desculpa pelo hiato de tempo entre o acontecimento (7 de Junho) e a data deste relato mas muitas vezes as ideias precisam de amadurecimento antes de serem deixadas para a posteridade. Este não é o caso, foi preguiça pura.

Pois é, um dos casais em que muitos apostavam para próximos a dar o nó não desiludiu e no passado mês de Junho a Marina e o Beto Mãozinhas decidiram unir-se... pelo sagrado matrimónio (ler com voz melodiosa).

Como sempre, estes eventos muito apreciados pela Irmandade e amigos, começa com uma parte que alguns tendem a desrespeitar. Essa parte é o casamento propriamente dito. A cerimónia realizou-se na mesma capela que o casamento do Pacheco, pelo que, mais uma vez, estávamos a uns meros 30 passos do Pinto, condição suficiente para que uma debandada generalizada tenha ocorrido, passados uns 15 minutos de cerimónia.

[neste ponto o post foi vergonhosamente abandonado para apenas ser finalizado hoje]

Finda a cerimónia, o atirar do arroz e os abraços e beijinhos, a caravana dirigiu-se ao local do copo de água (do qual me escapa, naturalmente, o nome).
Originalidade na "ordem das coisas", já que se começou pela cerimónia de cortar e comer o bolo de noiva, talvez para ser apreciado com a sobriedade que merecia. Originalidade também na indicação das mesas, dependuradas numa árvore na entrada do local.

Quanto à boda propriamente dita, não retenho, infelizmente, grandes pormenores, devido ao tempo entretanto passado (mea culpa)... Lembro-me de tudo ter corrido nos conformes e que a refeição estava bastante boa.

No fim, houve o tradicional convívio, in loco. Lembro-me do bar aberto e das conversas despreconceituosas sobre o passado homossexual de cada um. Lembro-me ainda do Trolha (agora emigrante na Mauritânia) andar a fugir do par que para ele se tinha escolhido...

Lentamente as pessoas foram saindo e às páginas tantas estava quase só família próxima dos noivos, e um bando de inconvenientes que não deixavam as pessoas ir embora para as suas casas (obviamente, alguns de nós que já não sei precisar quais).

Depois de alguma diplomacia falhada para engrossar as fileiras dos "resistentes até ao fim", estava definido o trio final: Agripino, Brinca e eu próprio. O destino (lembro que se tratava de uma 5ª feira, feriado) foi o Vinyl, pois tudo o resto estava fechado... E mais valia que tivessem também fechado o Vinyl porque nos tinham poupado dinheiro mal gasto... :P

"And they lived happily ever after" ;)

PS- O atraso deste relato é vergonhoso, pelo que peço desculpa a todos, principalmente aos noivos!
PPS- Temo pelo deserto que este blog se tornou, espero que seja uma onda passageira e volte à pujança de outros tempos.