Reportagem da Festa de Vale da Silva

O people começou a chegar depois da hora de almoço. Ficámos no jardim, numa de relax, e começou-se a dar o gosto ao dedo com uma cervejita aqui e outra ali. Com o gosto tomado e em amena cavaqueira iniciaram-se as hostes muito subtilmente.

A algazarra começou a sério quando o membro Julião, claro, tratou de exprimir a sua leve opinão sobre os nuestros hermanos. Em defesa destes estava quase toda a gente incluindo a acompanhante do amigo J. Paulo, professora de espanhol, espanhola, com sotaque brasileiro. Os ânimos subiram :)

Foi chegando mais people, e a guerra contra as duas grades de cerveja continuava... Como todo o convívio por nós protagonizado, a conversa começou a baixar o nível e a subir de interesse, e assistimos a uma aula teórica produtiva de literatura. O tema da aula foi basicamente o aprofundamento do dicionário português/espanhol/brasileiro. Apenas o conteúdo era mais restrito que um dicionário normal. Só havia palavras caras e formais tais como poya, boceta e por aí fora... Foi muito instrutivo! Tiraram-se muitas dúvidas! Ficou na agenda, de uma próxima aula, algo mais prático, para não haver desfazamento de conhecimento quando se aplica no aterreno.

Houve ainda um derby de snooker cuja taça foi arrebatada pelos excelentes jogadores Bernardo e Pacheco, que sovaram nitidamente quaisquer oponentes que se lhes atravessaram à frente.

A janta foi um momento de descanço para o estômago, em termos de cerveja, porque o que se bebeu mais foi vinho tinto.

Depois do repasto foi efectuada uma visita a casa de um membro do club do vómito, que recentemente adquiriu um lugar na aldeia.

Em seguida, fez-se rumo ao terreno de combate e, passado algumas cervejas de aquecimento, foi declarada guerra aberta e compaixão ou misericórdia não eram palavras em mente. Nem momentos de interregno houve sem arma na mão! Sempre que o carregador estava vazio um companheiro amigo logo lhe dava a mão para o tirar da solidão.
No meio de tudo isto ainda havia a música a embalar a malta. E a festa foi tão rija e o combate tão sangrento que chegou ao ponto de a banda começar a dedicar músicas a estes soldados. Foram feitos vários brindes, às custas dessas dedicatórias, aos membros da banda e por pouco não saltámos lá para cima.

No meio do bailarico, da roda da dança propriamente dita, onde cada um mostra o que sabe e o que consegue, uns com mais seriedade outros nem por isso, estava a miúda do cinto brasileiro!! Miúda que é como quem diz, e dançava o suficiente para envergonhar muito rapaz! Foi a mais cobiçada do baile!!! No fim da noite, Jacinto Agripino tenta a sua sorte, e mesmo com a moça acompanhada pelos pais, pede uma dança. Mas não estava destinado! Levou com uma nega daquelas que até mete medo. No entanto a brasileira tinha de dançar com alguém, e depois de alguma motivação foi o nosso membro mais bem treinado para este ambiente hostil fazer o pedido. A moça percebeu logo que não estava a lidar com nenhum amador. Estas coisas percebem-se logo!! Ele é o pézinho, a mãozinha, o jogo de cintura e o profissionalismo. O que é certo é que Julião deixou toda a gente a bater palmas, no fim, depois de grande demonstração com a brasileira!!! Sim senhor!!

Para rematar foi tudo comer de novo alguma coisa para casa, acabando uns a rapar o tacho e outros a dormir nas cadeiras ao relento e nos sofás.

Eu fiquei-me pelo sofá e quando dei por mim era de dia e não estava lá ninguém. :)

Curti muito a festa e o convívio! Para a próxima há mais e já com água ! eheheheh

Abraços!

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